Depoimentos

Veja alguns depoimentos daqueles que já percorreram o Caminho da Luz, o Caminho do Brasil.

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Natália

"Agradeço a acolhida e a hospitalidade de cada pessoa e de cada pousada ao longo do Caminho.

Agradeço a chuva, ao sol, ao barro, plantas, cristais, pedras, cachoeiras, pássaros e animais que nos deram a força para superar os limites da caminhada da Luz.

Depois da volta, muitas situações novas aconteceram em minha vida. Estou mais alegre e minha mente abriu novos canais sem tempo e espaço".

Natália Gandeda - Curitiba - Paraná.

 
Ricardo

Paz e luz a todos nós, caminhantes e familiares! Tenho vivido noites de delírios, ao contemplar de tudo que vivemos juntos, da lama do caminho ao azul infinito do céu lá do alto do pico, dos banhos de cachoeiras bonitas, confundidos com a beleza da chuva numa cachoeira infinita. Flores ofertadas pela natureza, para todos nós contempladas com um couro de sublimes pássaros, que de quebrada em quebrada espantava a rotina de vida de todos nós e de passo a passo seguíamos hora cansados, mas, sem lamentar da vida passada que do suor do rosto cansado, só recordação temos guardado, que até do isolante macio, em corredor abandonado, temos saudades, fugindo das vaidades, encontramos sinceridades e fraternidade, confundidas com tristeza e cansaço, pois tudo era felicidade. Recordar de todas as lendas e deste povo acolhedor e gentil, que só o mais céptico, não sentiu, o quanto precisamos de tão pouco para sermos felizes.

Ricardo, Nivea e Maria Beatriz – Volta Redonda.

 
Katia Esteves

Agora já com as emoções menos afloradas, fiz questão de dar o meu depoimento sobre o Caminho da Luz.

Foram sete dias de total solidão, tive como companhia os pássaros que cantarolavam o tempo todo, as cigarras que entoavam seus mais altos agudos dando os avisos que são peculiares da natureza, (faz muito calor e isto poderá ser ainda mais quente). Pus minhas antenas de sobre aviso e sai para caminhar com os meus 11 quilos na mochila. Carregava a vaidade e materiais de trabalho. A temperatura era de 39 graus, tinha em mente diminuir o peso na minha próxima parada. E assim o fiz.

A beleza do Caminho da Luz é algo estonteante, minha visão era impossibilitada de ver o horizonte, pois as montanhas, pradarias tapavam o infinito e dava-me a tranqüilidade da qual eu tanto buscava.
Fui me envolvendo com a natureza, ficando atenta com o calor escaldante. Desfrutei das cachoeiras, adormeci nos braços das mangueiras, degustei das deliciosas bananas e mamão que encontrei no decorrer do caminho, pude ser acariciada por borboletas e beijada por mariposas que passeavam em seu total frescor das 16:00 horas.Houve momentos que as lágrimas faziam parte de meu ser, pois compreender tamanha magnitude é compreender DEUS.

Quando decidi fazer o caminho estava a procura da paz interior, buscava por respostas as minhas perguntas, e caminhar para mim há um significado muito grande, pois o silencio do silencio também há som. Quando percebi que estava literalmente só, cai em prantos, pois a dor maior é a do silencio. Tudo foi quebrado por uma ventania que chegara sem mais nem menos. Da mesma maneira que veio se foi.

Perguntaram-me se o Caminho da Luz é bonito realmente, se é difícil ou fácil etc...

O que posso responder é que se estamos entregue ao universo verdadeiramente sem julgamentos, com certeza qualquer caminho passa ser fácil, e lindo, pois os olhos da alma tudo é certo e perfeito.
Quero agradecer a Imaculada do Hotel Gran Palace de Carangola que me incentivou a não parar, ela tinha razão a beleza estonteante dali para frente era algo de embebedar com tanta maravilha. Meu muito obrigado pela sua generosidade.

Quero te agradecer Albino por ter ido ao hotel para dar apoio.

Quero também agradecer a todos os proprietários de hotel, pousadas e pensões, pelo carinho, pois sou vegetariana e isto foge um pouco do trivial, e todos eles se preocuparam em dar o seu melhor.

brigadododododo.

Obrigado a todos os cablocos (as) pelo sorriso, as garotadas que me acompanharam, as senhoras que me deram água, enfim... obrigado, obrigado....

Gostaria muito de agradecer há um peregrino que vim a conhecer em Caparaó. Pessoa da melhor qualidade, devo a êle a minha chegada no Pico da Bandeira, pois ali aprendi que é um passo de cada vez, que a ansiedade,a preguiça,a intolerância faz com que fiquemos mergulhados num mundinho de faz de conta.

Obrigado, mas muito obrigado Renato ( anjo do meu caminho).
Definir o que é o Caminho da Luz.

Estar em paz consigo mesmo, é acreditar que a 2892 metros de altitude eu fui beijada por DEUS, é poder tocar em um quati, e chorar de emoção, é agradecer pelo que sou, o que serei e o que posso continuar sendo ao meu próximo.

É receber do universo pessoas simples e maravilhosas, pegar um cristal e acreditar que ela é minha estrela guia, olhar para a imensidão e ver montanhas, montanhas,montanhas, e saber suspirar com tanta beleza...

É saber que DEUS repousa nesta Minas Gerais, no Caminho da Luz.

Luz, Paz e Amor Kátia Esteves - SP

 
Giovana

Queridas/os Caminhantes, quero agradecer a vocês todas/os e ao Caminho da Luz tudo de bom que me proporcionaram na semana em que estivemos juntas/os.

Foi mesmo uma semana fantástica. A saída, daquela cachoeira maravilhosa, guardada por aquele prédio maravilhoso da usina, já anunciava que teríamos um belo percurso pela frente. E belo não só pelas suas belezas naturais, mas também por fazer brotar nas pessoas o que elas têm de melhor. Considero que as relações entre as pessoas, entre nós e com as comunidades por onde passamos, foram também um grande presente do Caminho.

Aquela recepção de Catuné eu nunca vou esquecer. Café, mandioca frita, bolo caseiro; tudo feito de boa vontade pela comunidade, para nos saudar. E, em Espera Feliz, até o quarto onde o Daniel dormiu (ou era o Leonardo?) reservaram pra gente (rs!).

E não tinha contratempo que resistisse ao Caminho. Lembro que, no segundo dia, eu passei mal na estrada e insisti em andar sozinha no trecho em que eu tava pior; cheguei a achar que era meu último dia de Caminho e fiquei muito triste por isso. O engraçado é que, na hora que eu tava me sentindo totalmente destruída, escutei um menino gritar quase em desespero: "dá licença da estrada!". Eu olhei pra trás, tinha um monte de vaca chifruda correndo na minha direção; corri pra debaixo da cerca, a mochila me fez ficar agarrada; eu não ia nem pra trás nem pra frente. As vacas vinham chegando, e eu perguntei pro menino se elas eram bravas; ele disse que sim, que elas pegavam; eu, então, gritei pra ele não deixar que elas chegassem perto de mim, pois eu não iria me desgarrar tão fácil dali. Ele entendeu meu apuro e adiantou seu cavalo, se colocando entre mim e as vacas, bradando pra elas, que logo me ignoraram e seguiram a estrada. Isso serviu pra me relaxar. Passado o susto, eu ri demais da minha carcaça impotente agarrada na cerca.

Com certeza, se me avisassem que a caminhada era, em boa parte, um "rali a pé", eu descartaria de cara, mas hoje, depois de ver que é também gostoso um "rali a pé", acho que não vou mais nem olhar previsão de tempo quando for caminhar; é só colocar a capa de chuva na mochila.

No final de cada jornada, a sensação que eu tinha era que meus pés haviam sido desossados, mas era interessante notar como que as palavras de encorajamento que ouvi de muitas/os de vocês, aliadas a uma noite de sono, lançavam-me sempre mais um dia no Caminho.

Hoje eu sou mais feliz, por saber que existe o Caminho da Luz a minha espera, a hora que eu quiser visitá-lo. Ainda que eu não consiga, em breve, refazê-lo na íntegra, tenho a possibilidade de ir refazendo-o "aos pedaços", em finais de semana.

E quanta coisa bonita a gente vai ouvindo das/os caminhantes e das pessoas que nos recebem. Lembro de ouvir passagens bonitas sobre Francisco de Assis, quando vinha descendo o Pico da Bandeira. Lembro, também, de alguém comentar que o tempo, no Caminho, "era totalmente dispensável". E era mesmo; o tempo parecia não existir ali.

Foi mesmo uma caminhada inesquecível em seus detalhes. E isso graças a vocês e, claro, de modo especial, a todas/os que se ocuparam de garantir a infra-estrutura pra nós, como disse, você, Albino, às pessoas que são instrumentos para a realização de nossa caminhada, e também para a manutenção deste grupo. Foi, pra mim, uma celebração coletiva, uma veneração coletiva da natureza, uma vivência de fraternidade. Uma impressão que me ficou é que, no nosso percurso, não tinha como praticar meditação, pois parecia impossível a gente se abstrair da materialidade do Caminho, ou melhor, parecia impossível separar do Caminho a sua materialidade ou a sua transcendência.

Não, eu não vi, no Caminho da Luz, fadas, bruxas, duendes, feiticeiras, santas, santos, almas desencarnadas e a onça pintada dos meus sonhos. Não vi, mas ando suspeitando que é no Caminho que boa parte dessas entidades reside serenamente.

Vou ficando por aqui; já escrevi demais (isso porque vocês ainda não viram quando alguém me pergunta se eu viajei nas férias; eu começo a falar do Caminho e não paro). E escrevo como uma forma de agradecimento e de reviver a caminhada.

Aproveito, ainda, para pedir que, se possível, postem uma ou outra foto no grupo, em especial fotos do trecho Parada General-Ernestina e umas que tiramos no galpão do IBC, da mulherada em festa. É que eu perdi o meu filme do Caminho. Só tenho a foto da chegada e as do Pico. Perdi mesmo o filme. Perdi de perdido está, não consegui achá-lo no meio de tanta bagagem, que depois entendi desnecessária.

Mando duas das minhas fotos que podem interessar. A primeira é pra vocês, João, Jordana, Adriano e aquele caminhante que fez a gente dar boas risadas na chegada a Alto Caparaó. E a outra - que vai na mensagem seguinte para não inviabilizar a postagem - é uma lembrança de um de nossos anjos da guarda (o Santana, né? não vi o nome dele no grupo), segurando uma barra de gelo a caminho do Pico, e de você, Táti, lá no fundo.

Beijo grande a todas e a todos, com saudade, Giovana  de Sousa Rodrigues - BH

 
Rogério Bonella

Oi turma!

PAZ E BEM a todos. Não esqueci de vocês. Estou com muita saudades. Após este maravilhoso caminho fiquei com muito serviço acumulado, mas não deixei de acompanhar a alegria de todos, nos muitos e-mail que recebi do grupo. Desculpem, por só agora que estou me manifestando. Vi as diversas fotos, nossas passagens, nossos registros...

A experiência do Caminho da Luz foi esplêndida, vibrante, extraordinária, muita harmonia com a natureza, muita meditação. A presença de nosso DEUS, Pai divino, todo poderoso era percebido constantemente por Tua magnífica criação "a natureza", com todas suas maravilhas, assim como, nos semblantes de cada um de vocês e daqueles que nos acolhiam, nos serviam.

O livro-manual do Caminho da Luz de "Albino Neves" ficou excelente, e define todos os passos do roteiro. Parabéns Albino! Devemos todos, divulgar este trabalho.

Aguardo também a produção da fita do vídeo. Meu Sonho para o próximo ano, se tudo correr bem, é após os Passos de Anchieta, repetir o Caminho da Luz e partir em seguida para o Caminho de Santiago de Compostela. Conto com o apoio de vocês. Li o livro "O Sonho de Uma Peregrina" de Angela Dalleprani Ribeiro, contrrânea Capixaba - o "Manual do Peregrino" de Lairtn Galaschi, este gaucho e agora estou lendo "Uma Peregrinação, Histórias e Lendas" do nosso conhecido e querido Juarez de Oliveira. Excelentes livros. Parabéns também a vc Juarez, por repassar suas experiências.

Enfim, lembro do momento de apresentação na igreja matriz de Tombos. Emocionante as palavras do Albino... São muitos os caminhos que podemos percorrer, mas o principal é aquele de apenas 30 cm, "da mente ao coração". Temos que estar sempre com o coração aberto.
Aguardo vocês aqui em Vítória, para "Os Passos de Anchieta".

Abraços a todos. até mais. Bonella -  Vitória/ES

 
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